quinta-feira, agosto 24, 2006


Estudar é, realmente um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica sistemática. Exige disciplina intelectual que ano se ganha a não ser praticando-a.

Isto é, precisamente, o que a ?educação bancária?* não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua ?disciplina? é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a indispensável criticidade.

Este procedimento ingênuo ao qual o educando é submetido, ao lado de outros fatores, pode explicar as fugas ao texto, que fazem os estudantes, cuja leitura se torna puramente mecânica, enquanto, pela imaginação, se deslocam para outras situações. O que se lhes pede, afinal não é a compreensão do conteúdo, mas sua memorização. Em lugar de ser o texto e sua compreensão, o desafio passa a ser a memorização do mesmo. Se o estudante consegue fazê-lo, terá respondido ao desafio.

Numa visão crítica, as coisas se passam diferentemente. O que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda.

Esta postura crítica, fundamental, indispensável ao ato de estudar, requer de quem a ele se dedica:

a) Que assuma o papel de sujeito deste ato.

b) Que o ato de estudar, no fundo é uma atitude frente ao mundo.

c) Que o estudo de um tema específico exige do estudante que se ponha, tanto quanto possível, a par da bibliografia que se refere ao tema ou ao objeto de sua inquietude.

d) Que o ato de estudar é assumir uma relação de diálogo com o autor do texto, cuja mediação se encontra nos temas de que ele trata. Esta relação dialógica implica na percepção do condicionamento histórico-sociológico e ideológico do autor, nem sempre o mesmo do leitor.

e) Que o ato de estudar demanda humildade.

Parte do texto Considerações em torno do ato de estudar de Paulo Freire.

Disponível em http://www.espacoacademico.com.br

segunda-feira, agosto 21, 2006

Artigo Científico


O artigo científico A noção de vida em crianças brasileiras em 2004 em comparação com as de Genebra em 1926 relata um trabalho de pesquisadoras da Universidade Estadual Paulista UNESP de Araraquara, São Paulo, Brasil, que teve o objetivo de comparar dados de um estudo realizado por Jean Piaget em 1926 com crianças genebrianas com os obtidos com crianças brasileiras em 2004, partiu-se da hipótese de que as noções de vida das crianças genebrianas e das crianças brasileiras obedecem à mesma evolução psicogenética. Foram utilizados o método da entrevista e a análise clínica com base em um roteiro estabelecido, considerando as questões de Piaget em seu estudo. Usei esse artigo na atividade Fichando Obras PROA 3


Batistella, A. F. F., Silva, E. P. D. e Gomes, L. R. (2005). A noção de vida em crianças brasileiras em 2004 em comparação com as de Genebra em 1926. Ano 02, Vol 04, mar/2005.

Disponível em www.cienciasecognicao.org/artigos/v04/m31534.htm

quinta-feira, agosto 10, 2006

2ª Versão do Mapa


Procurei reformular o mapa do Projeto Deus, penso que ficou mais simplificado, como eu gostaria que ficasse. Espero a opinião da Aline e do Clairton para decidirmos que alterações ou qual dos mapas continuaremos usando em nosso trabalho.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Mapa Conceitual Projeto Deus


Publico o mapa conceitual, com atraso, mas penso que está um pouco confuso, vamos procurar deixá-lo melhor. Em breve teremos uma versão melhorada. Espero.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Método Clínico


Ao realizarmos as experiências com as crianças, procuramos seguir determinados passos, tendo objetivos a serem alcançados, no sentido de compreender como as crianças percebem determinados fenômenos e quais são suas teorias a respeito. A partir destes estudos é possível refletir sobre como se processa a aprendizagem e o que se pode propor para tal.
Conhecer o desenvolvimento da inteligência na criança é primordial, no sentido de propor ações de acordo com suas possibilidades, de forma a desafiá-la - desequilibrá-la - para que busque a significação e possa reequilibrar, outra vez - a assimilação e a acomodação.

O método clínico de Piaget é crítico porque o interrogador propõe ao sujeito uma discussão sistemática com o objetivo de estabelecer o grau de equilíbrio entre as ações e os problemas apresentados. Procura valorizar tudo o que é dito pelo sujeito.